quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Éliseé Reclus



No começo do curso de geografia, foi passada uma atividade em sala para se fazer em grupo, que consistia em escolher um geógrafo renomado e apresenta-lo para a turma. Meu grupo escolheu Élissé Reclus, da quele dia em diante a geografia passou a ter uma nova perspectiva pra mim, e a sua linha de pensamento geográfico, é a fonte da água que bêbo na geografia. Por isso dedico no dia de seu aniversario um pequeno resumo da sua vida, para que mais pessoas possam conhecer-lo e se interessar pela sua obra. A seguir, um pequeno resumo do primeiro capitulo do livro: Coleção Grande Cientista Sociais, Éliseé Reclus, Geografia,Ed Ática 1985, escrito por Manoel Correia de Andrade, de quem eu escutei um ótimo elogio a Éliseé.
Éliseé Reclus em 1 de março em 1830na cidade de Sainte-Foy-La-Grand na França,filho de família humilde, o pai era pastor calvinista e sua mãe professora primaria. Iniciou seus estudos aos 13 anos na Alemanha em um colégio religioso, onde foi expulso por professar idéias republicanas, e aos 19 anos entrou na universidade onde foi aluno de Karl Ritter em geografia e de Schimidt em economia política.
Em 1851 Napoleão deu seu golpe de estado proclamando-se imperador, Reclus se encontrava na França, onde se uniu a um grupo de jovens para tentar impedir o imperador em vão, fugiu para Inglaterra depois para Irlanda e Estados Unidos, onde se surpreendeu com o compromisso da igreja com os proprietários de terras e escravos, tornando-se ateu. Em 1857 volta para França, passando a viver de escrever, analisando os países que conhecia. Reconhecido como escritor e geógrafo, ingressou na Sociedade Geográfica de Paris em 1862. Era ligada a organização anarquista e, sobretudo amigo do líder russo Mikhail Bakunin, que foram grande opositores de Max na I Internacional.
Ao iniciar-se a guerra fraco-alemã alistou-se como saldado aos 45 anos de idade, ”a derrota francesa foi fragorosa.” (CORREIA 1985). A população parisiense levanta-se em arma, organizando uma comuna e enfrentou os alemães e as próprias forças reacionárias do novo governo francês. “Reclus, libertário arnaquista com seus irmãos Poul e Élie aderiu à comuna e foi aprisionado de armas na mão pelas forças legais.” (CORREIA 1985) Passando momentos difíceis na prisão, um movimento de escritores se organizou em seu favor e o governo francês o submeteu ao julgamento por um conselho de guerra composto por militares, onde foi condenado ao degredo perpetuo na colônia francesa de Nova Caledônia na Oceania, se separando de esposa e filhos e amigos. Um movimento internacional a seu favor conseguiu reduzir a pena para 10 anos de exílio e permitindo que ele se estabelecesse na Suíça.
Nesse período assina um contrato com a editora Hachette para escrever Nouvelle Geografia Universelle, em 19 volumes. Viajou para vários países coletando dados e observando a paisagem. A editora o proibiu de escrever sobre aspectos políticos, religiosos e sociais, obrigando-o a fazer uma autocensura, afirmava a editora que, tinha contrato com o geógrafo e não com o anarquista. Nesse período viajou para diversos países inclusive o Brasil. Depois escreveu mais dois livros: L’évolution La revolution et l idead anarchisque (1897) e L’homene ET La terra, em 6 volumes, que concluiu sem o controle da censura. Faleceu em 4 de julho de 1905 em Thourout.

A necessidade de incentivos fiscais para o Meio ambiente.

    Recentemente o Supremo tribunal Federal – STF, julgou algumas Ações Direta de Inconstitucionalidade- ADIN e uma Ação Declaratória d...